Tudo isto é Fado

domingo, janeiro 15, 2006

Sou fotogénica?

Fim de tarde no Baleal

Queria que surgisses da neblina e me dissesses:Voltei! Aqui estou!
Desse azul, onde agora resides, envias-me esperança e afecto, tudo aquilo de que o meu coração precisa para continuar a bater.

Conversa de opinião

Olá a todos! Estou de volta!
Pois é... Estive ausente por um tempo e devo-vos uma explicação, que se resume a três factos:
1- A minha falta de saúde obrigou-me a parar, mas já me encontro um pouco melhor.
2- O peso horário dos tempos não lectivos, que de não lectivos nada têm, ocupou a minha mente e o meu tempo.
3- A organização da minha primeira exposição de fotografia na Biblioteca Municipal de vale de Cambra, patente ao público de 6 a 28 de Janeiro, ocupou todo o meu tempo.
Por tudo isto apresento as minhas desculpas.
O importante é que estou de volta e pronta a partilhar este espaço com todos aqueles que por aqui passam. Há muitos assuntos de que poderia falar, neste país onde o sonho e a liberdade (engraçado é o titulo da minha exposição) não existem mais. Eu prefiro falar de poesia, de coisas boas e quentes, como o arco-íris ou um belo pôr do sol, mas vou ter que falar de coisas menos bonitas.
Não consigo aceitar todas estas mudanças, por mais necessárias que elas sejam. Agora temos os concursos dos professores, o que pode, de certa forma, criar uma vez mais injustiças que se vão prolongar por 3 anos. Ai minha nossa Senhora! Penso numa colega que se desloca todos os dias cento e tal quilómetros e que tem um filhote pequenino com problemas de saúde. Como é que ela vai resolver a sua situação se continuar nesta escola, por mais 3 anos?
Creio que logo após as eleições teremos mais uma onda de protestos que irá abalar a frágil economia do país.
As coisas vão mal. Perdemos imenso poder de compra e continuamos a ouvir os nossos políticos a dizerem-nos que é preciso apertar o cinto, que vivemos em tempos de vacas magras, mas vemo-los a fazerem férias em belos locais e no final informam-nos que daqui a dez anos não vai haver dinheiro para nos pagarem as nossas reformas. Então por que motivo continuamos a descontar para a segurança social? Bom… eu sei! É para pagarmos as reformas dos que as têm neste momento. Ok e quem irá pagar as nossas quando lá chegarmos?
Bom uma palavrinha sobre as eleições presidenciais.
Adoro a poesia. Por isso Manuel Alegre faz parte do meu imaginário de presidente. Penso na gaivota Ditosa que só aprendeu a voar com a ajuda dum poeta, como nos conta Sepúlveda num dos mais belos romances que li. Talvez este país precise dum poeta que nos ensine a esperança, o respeito e a tolerância, que tão ausentes estão das mentes dos nossos iluminados políticos.
Vamos ter esperança e acreditar no bom senso do povo português, já que nos políticos não se pode confiar.